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A produção integrada de alimentos é a nova forma de controlar pragas e doenças nas lavouras com mais segurança e economia dos insumos. A técnica está se expandindo pelo mundo e é cada vez mais utilizada e difundida no Brasil para melhorar a qualidade dos alimentos. Durante o Congresso Brasileiro de Fruticultura, que acontece de 17 a 22 de outubro, em Natal, no Rio Grande do Norte, o pesquisador José Aires Ventura, do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural), vai dar um curso sobre o manejo integrado de doenças na fruticultura e capacitar os produtores a entenderem a tecnologia e fazerem o monitoramento adequado na lavoura para os diferentes tipos de doenças de diversas culturas.
— O manejo integrado não usa somente o controle químico, nem exclusivamente o controle genético, nem somente o controle cultural. O importante é que estas doenças são monitoradas e é estabelecido o controle em função da ocorrência delas. A partir do momento em que os produtores começarem a notar alterações nas plantas aí sim eles vão optar pela estratégia de manejo mais adequada. Muitas vezes, uma poda adequada já é o suficiente outras vezes é necessário um produto químico ou um produto natural. De uma forma geral, a estratégia de manejo leva a uma redução do uso de agrotóxicos e, portanto, proporciona a redução de resíduos nos alimentos e redução do impacto ambiental — explica Ventura.
O aspecto econômico também é um fator muito importante desta técnica de produção sustentável. Não é só o meio ambiente que ganha com o manejo integrado. O produtor ganha em qualidade do seu produto e em economia com a redução dos gastos com insumos. Muitas vezes, dependendo do ano e da região, não é necessário fazer nenhuma aplicação química, proporcionando uma redução de custos. Além disso, o agricultor agrega valor ao seu produto que tem mais qualidade e pode ganhar até um selo de certificação, posicionando melhor o produto no mercado e fazendo com que o produtor tenha condições de cobrar um preço maior pelo o que está vendendo.
— O monitoramento é feito por amostragem. Para cada doença e cada cultura nós temos padrões técnicos. No caso da pinta preta do mamão a incidência é na terceira folha, no caso da sigatoka amarela em banana seria na quinta folha. Isso vamos abordar no curso. Uma das características do congresso é levar conhecimento e preparo aos produtores para eles se qualificarem e se capacitarem nestas técnicas de manejo integrado de doenças de plantas. Da mesma forma que você monitora a febre no ser humano, para saber a partir de que momento é preciso entrar com medicamento, da mesma forma é preciso fazer com as plantas. Quando o produtor percebe que a incidência de doenças ultrapassa os limites toleráveis, estabelecidos pela pesquisa, só então ele intervém para cortar o ciclo da doença — ressalta o pesquisador do Incaper.
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